Neste interessante ensaio de Joao da Penha pode-se ter uma ideia do pensamento de Ludwig Wittgenstein (autor de conceitos muito caros à filosofia contemporânea e que serviram também de referencial teórico para o livro Investigações Filosóficas sobre Musica e Educação, “o que é isso que chamam de música?“). Em estilo de romance policial, Joao da Penha apresenta-nos o “assassino em série” que teria entre suas vitmas nada menos que Sócrates, São Tomás de Aquino, Spinoza, Kant, Bertrand Russell, Dickens, Byron, Keats.
Segue um trecho do ensaio, o qual recomendo como leitura breve.
“Trata-se de um indivíduo sem ficha policial. Um primário, portanto. Diz-se filósofo. O crime de que o acusam é de ter escrito muito. Mas que mal há nisso? Escreveu muito complicado, respondem seus acusadores. Seu pensamento é insólito, insistem. Destoa dos padrões habituais. A língua que usa para se expressar já é por si só complicada, o alemão, que ele se compraz em tornar mais difícil, criando uma sintaxe muito particular. Fala em “jogos de linguagem”, “formas de vida”, “proposição”, “gramática”, “enfeitiçamento do intelecto”, “linguagem privada”, nega a existência de problemas filosóficos, etc. As acusações se acumulando, só restou investigar a vida do indigitado.
O texto integral pode ser lido no seguinte endereço:
http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/ensaio-do-filosofo-joao-da-penha/
Estevão Moreira, Rio de Janeiro-RJ
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Sobre o autor: Estevão Moreira, professor, compositor e regente. Licenciado em Música pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Educação Musical pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Foi representante estadual da Associação Brasileira de Educação Musical – ABEM – no ano de 2012. Atualmente, é professor de música e gestor cultural no Colégio Santo Inácio (ver entrevista).
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